Perfil da jornalista Larissa Pereira

Fotos do arquivo pessoal de Larissa Pereira

Quando criança, de pés descalços e com muita energia, Larissa Pereira – paraibana, costumava brincar de futebol na rua e num campinho perto de sua casa. Conter-se não era fácil e, frequentemente, ela era tomada pela vontade de ‘bater bola’ com as outras crianças mais velhas do bairro. Não era capaz de imaginar que, anos depois, a brincadeira traria alguns frutos.

A mais nova entre os quatro irmãos, desde muito pequena acompanhava tudo que envolvesse o esporte, assistindo com o pai aos programas futebolísticos e sempre conferindo as mudanças na tabela do Campeonato Brasileiro.

Larissa nasceu em uma família não muito abastada, mas um pouco organizada. Seus pais equilibravam as contas com o jogo de cintura comum ao brasileiro. O molejo era tamanho que a família conseguiu uma bolsa de estudos em uma tradicional escola particular de João Pessoa para que a jovem estudasse.

Dedicada, ela mandava bem nas notas e nas atividades esportivas. Com o tempo se tornou a capitã do time de futsal do colégio e se destacou conquistando diversos troféus e medalhas. Chegou até a receber, em uma competição, o título de melhor ala-direita. Sempre que ganhava algum jogo, todos os alunos e professores se juntavam ao seu redor para parabeniza-la e ver o prêmio. Ela se esforçava muito, mas, para ela, aquilo era o mínimo que podia fazer para retribuir o que a escola a proporcionou.

Outra paixão

Em um conjunto de papeis pautados, com linhas azuis e páginas sobrepostas uma na outra, a criança paraibana, que agora recém completara 8 anos, escrevia o seu primeiro jornal. ‘Aborrecente’ era o seu nome. Decidiu que ele deveria ser estilizado, escrito como uma onda. Assim o fez: colocou um título estilizado e distribuiu o jornal pela vizinhança com um conteúdo não muito memorável. Mas isso não era o importante. O fato de querer noticiar, sim.

A criança cresceu ainda mais e anos mais tarde, já adulta, passou no vestibular e se graduou em Rádio e TV. Como se um não bastasse, prestou outro vestibular, mas, agora sua pretensão era o curso de Jornalismo. Foi nessa época que conseguiu um estágio .

O emprego que transformou sua vida.

A oportunidade para trabalhar como repórter e não mais como estagiária veio logo. Surgiu uma vaga na tv afiliada pessoense da Rede Globo e a jovem foi chamada para fazer um teste. No entanto, para ser aprovada, teria que produzir duas matérias. Por coincidência ou sorte, eram sobre futebol.

Naquele momento, todas as lembranças de brincadeiras e todas as experiências que teve ao lado de seu pai e irmãos se alinhavam e convergiam para uma matéria jornalística impecável. Como já dominava a linguagem, não foi difícil produzi-la com desenvoltura. Acabou se divertindo e se destacando durante o processo seletivo.

Fotos do arquivo pessoal de Larissa Pereira

Amor profissionalizado

O jornalzinho que era paixão se tornava profissão. Influenciada por suas raízes, Larissa Pereira percebeu que queria fazer matérias na rua. Se sentia melhor ali. Aquele era o local onde suas referências nasceram, onde o seu caráter se lapidou. Natural que quisesse retornar. Em pouco tempo, por trabalhar exposta ao sol, acumulava manchas nos pés e nas mãos.

Larissa, tão premiada na infância pelo esporte, agora se torna premiada pelo que alcança em sua trajetória profissional. Recentemente venceu alguns concursos de Jornalismo os troféus que ganhou demonstram o reconhecimentos de seus esforços.

Desde criança a garota sempre precisou batalhar muito, então tudo o que têm, tem o gostinho de vitória. Aos 35 anos – completados no último dia 7 de Maio, a escorpiana é uma mulher que se realiza a cada dia sem perder a essência do passado. Ainda é uma a menina que brincava na rua com os pés descalços. Neste ano Larissa Pereira completa 12 ano trabalhando na equipe da TV Cabo Branco – João Pessoa.

Fotos do arquivo pessoal de Larissa Pereira

Perfil: Brenda Cristian e Osman Cabral